Publicado
2023-09-01
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A ética da revolta de Albert Camus e o ato de jogar: aproximações teórico-filosóficas com a atuação do jogador no fenômeno “jogo”

The ethics of Albert Camus's Revolt and the act of playing: theoretical-philosophical approaches to the player's performance in the Game phenomenon

A ética da Revolta de Albert Camus e o ato de jogar: aproximações teórico-filosóficas com a atuação do jogador no fenômeno Jogo

DOI: https://doi.org/10.15332/25005375.7672
Gabriel Orenga Sandoval
Lucas Leonardo
Luis Felipe Nogueira Silva
Alcides José Scaglia

Resumen (es)

O jogo é entendido enquanto um fenômeno complexo, em que a ação do jogador se caracteriza pela eticidade, uma vez que, além de expressar sua subjetividade, visa à boa vida (no caso do jogo, o prazer e a vitória). Assim, o caráter ético da ação do jogador se constitui em um ambiente de jogo, local que a imprevisibilidade, a dinâmica e as novas organizações estão presentes. Dessa maneira, faz parte da função do jogador compreender o ambiente em que ele se encontra, ou seja, entender como as organizações do jogo ocorrem. De modo semelhante, o conceito chamado de “absurdo”, criado por Albert Camus, filósofo franco-argelino, assemelha-se a essa demanda do entendimento do meio em que se vive, ao exaltar a tomada de consciência. Como consequência, segundo ele, o único movimento possível, posterior à compreensão do absurdo é a revolta, ação pautada na expressão do sujeito, com vistas à justiça, à coletividade e à unidade, baseando-se em limites que não devem ser ultrapassados. A partir disso, portanto, pensa-se na possibilidade de entender o jogador enquanto um homem revoltado no jogo, buscando, dada a identificação do meio em que se está, o sucesso de sua equipe, através de suas ações.

Palabras clave (es): absurdo, revolta, jogo, jogador, autonomia, esporte, futebol

Resumen (en)

The game is an complex phenomenon, that the player's action is characterized by ethics, since, in addition to expressing his subjectivity, it aims at the good life (in the case of the game, pleasure and victory). Thus, the ethical character of the player's action constitutes a game environment, a place where unpredictability, dynamics and new organizations are present. In this way, it is part of the role of the player to understand the environment in which he finds himself, that is, to understand how the organizations of the game take place. In a similar way, the concept called Absurd, created by Albert Camus, a French-Algerian philosopher, is similar to this demand for understanding the environment in which lives, by exalting awareness. As a consequence, according to him, the only possible movement, subsequent to the understanding of the Absurd is the Revolt, an action based on the expression of the subject, aiming at justice, collectivity and unity, based on limits that must not be exceeded. From this, therefore, we think about the possibility of understanding the player as a man revolted in the game, seeking, through the identification of the environment, the success of his team, through his actions.

Palabras clave (en): Absurd, Revolt, Game, Player, Autonomy, Sport, Soccer

Resumen (pt)

O jogo é entendido enquanto um fenômeno complexo, em que a ação do jogador se caracteriza pela eticidade, uma vez que, além de expressar sua subjetividade, visa a boa vida (no caso do jogo, o prazer e a vitória). Sendo assim, o caráter ético da ação do jogador se constitui em um ambiente de jogo, local que a imprevisibilidade, dinâmica e novas organizações são presentes. Dessa maneira, faz parte da função do jogador compreender o ambiente em que ele se encontra, ou seja, entender de que maneira as organizações do jogo se dão. De maneira semelhante, o conceito chamado de Absurdo, criado por Albert Camus, filósofo franco-argelino, se assemelha a essa demanda do entendimento do meio em que se vive, ao exaltar a tomada de consciência. Como consequência, segundo ele, o único movimento possível, posterior à compreensão do Absurdo é a Revolta, ação pautada na expressão do sujeito, visando a justiça, coletividade e unidade, se baseando em limites que não devem ser ultrapassados. A partir disso, portanto, pensa-se na possibilidade de entender o jogador enquanto um homem revoltado no jogo, buscando, dada a identificação do meio em que se está, o sucesso de sua equipe, através de suas ações.

Palabras clave (pt): absurdo, revolta, jogo, jogador, autonomia, esporte, futebol

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Orenga Sandoval, G., Leonardo, L., Nogueira Silva, L. F., & Scaglia, A. J. (2023). A ética da revolta de Albert Camus e o ato de jogar: aproximações teórico-filosóficas com a atuação do jogador no fenômeno “jogo”. Cuadernos De Filosofía Latinoamericana, 44(129). https://doi.org/10.15332/25005375.7672