Estudiantes afrodescendientes: desafíos en inclusión y acompañamiento en la Universidad Santo Tomás, Bogotá

Resumen (es)

El presente artículo presenta una revisión del proceso actual de inclusión a estudiantes afrodescendientes en la Universidad Santo Tomás (USTA), Bogotá. Se parte de la idea de que la dimensión cultural debe ser central en la inclusión de estudiantes afrodescendientes para comprender su identidad, evitar prácticas de discriminación y racismo, y garantizar que la inclusión vaya más allá de beneficios económicos y que permita la incorporación de saberes de esta comunidad en las instituciones de educación superior (IES). Se implementó una metodología cualitativa, en la cual se revisaron documentos institucionales y se recolectaron testimonios a partir de entrevistas, que luego fueron canalizadas bajo las categorías de ‘discriminación racial / racismo’, ‘identidad afrodescendiente’ e ‘inclusión’. Se encontró que, excepto por la política de descuentos, no hay, a la fecha, documentos ni prácticas orientadas explícitamente a la inclusión de la comunidad afrodescendiente en la USTA Bogotá; sin embargo, existe apertura desde las diferentes instancias para construirlas. Asimismo, en las entrevistas se evidenciaron diferencias respecto al concepto de ‘afrodescendiente’ y se enunciaron eventos de racismo que no contaron con ningún registro ni acompañamiento. Se concluye que se requiere un acuerdo institucional sobre lo que significa ser afrodescendiente y generar estrategias que vayan más allá de las cuotas o descuentos, y favorezcan la identificación y atención a las interacciones simbólicas que podrían producir escenarios de discriminación racial. Las políticas de inclusión para afrodescendientes deben responder tanto a las necesidades individuales como a la apertura de la Universidad para interactuar con el aporte histórico y cultural propio de esta comunidad.

Palabras clave (es): afrodescendientes, tutorías, inclusión, educación superior

Resumen (en)

This article presents a review of the current process of inclusion of Afro-descendant students at the Universidad Santo Tomás (USTA), Bogota. It is based on the idea that the cultural dimension must be cornerstone in the inclusion of Afro-descendant students to understand their identity, avoid discrimination and racism, and ensure that the inclusion goes beyond economic benefits and allows the incorporation of knowledge of this community in higher education institutions.  A qualitative methodology was implemented, in which institutional documents were reviewed and testimonies were collected from interviews that were later channeled under the categories of ‘racial discrimination / racism’, ‘Afro-descendant identity’ and ‘inclusion’. It was found that, except for the discount policy, to date there are no documents or practices explicitly oriented to the inclusion of the Afro-descendant community in USTA Bogota; however, there is openness from the different instances to build them. Likewise, the interviews revealed differences regarding the concept of ‘Afro-descendant’ and events of racism were voiced that did not have any record or support. It is concluded that there is a need for an institutional agreement on what means to be Afro-descendant and to generated strategies that go beyond quotas or discounts, and favor the identification and attention to symbolic interactions that could produce scenarios of racial discrimination. Inclusion policies for Afro-descendants should respond both to individual needs and to the openness of the University to interact with the historical and cultural contribution of this community.

Palabras clave (en): Afro-descendants, tutoring, inclusion, higher education

Resumen (pt)

Este artigo apresenta uma revisão do atual processo de inclusão de estudantes afrodescendentes na Universidad Santo Tomás (USTA), Bogotá. Baseia-se na ideia de que a dimensão cultural deve ser central para a inclusão de estudantes de ascendência africana para entender sua identidade, evitar práticas de discriminação e racismo, e garantir que a inclusão ultrapasse os benefícios econômicos e permita a incorporação do conhecimento dessa comunidade nas instituições de ensino superior (IES). Foi implementada uma metodologia qualitativa, na qual foram revisados documentos institucionais e coletados depoimentos a partir de entrevistas, que foram então canalizadas nas categorias 'discriminação racial/racismo', 'identidade afrodescendente' e 'inclusão'. Verificou-se que, com exceção da política de descontos, não há, até o momento, documentos ou práticas explicitamente orientadas para a inclusão da comunidade afrodescendente na USTA Bogotá; no entanto, há abertura de diferentes instâncias para construí-los. Da mesma forma, as entrevistas evidenciaram diferenças em relação ao conceito de 'Afrodescendente' e expuseram eventos de racismo que não tinham registro ou acompanhamento. Conclui-se que é necessário um acordo institucional sobre o que significa ser afrodescendente e gerar estratégias que vão além de cotas ou descontos, e favorecer a identificação e a atenção às interações simbólicas que possam produzir cenários de discriminação racial. As políticas de inclusão para pessoas de ascendência africana devem responder tanto às necessidades individuais quanto à abertura da Universidade para interagir com a contribuição histórica e cultural própria dessa comunidade.

Palabras clave (pt): afrodescendentes, tutorias, inclusão, ensino superior