Educação ambiental na educação física escolar brasileira: sob a perspectiva da ecomotricidade
Environmental education in Brazilian physical education classes: from the perspective of ecomotricity
La educación ambiental en la educación física escolar brasileña: desde la perspectiva de la ecomotricidad
Resumen (es)
La ecomotricidad surge como una propuesta de enfoque basado en la motricidad humana, la educación ambiental crítica y la pedagogía dialógica, con potencial para ser utilizada en las clases de educación física como una forma de sensibilizar a los estudiantes. La educación física escolar se presenta como un espacio de aprendizaje y autodescubrimiento de nosotros mismos con el entorno, cómo nos movemos en él y cómo se producen estas interacciones humano-ambiente. El objetivo del trabajo es identificar y comprender los procesos educativos que emergen de una intervención en clases de educación física basada en la Ecomotricidad, junto con estudiantes de una clase de escuela pública estatal ubicada en el municipio de São Carlos, en el interior del estado de São Paulo. Esta investigación tiene un carácter cualitativo, inspirada en la fenomenología. En el colegio se llevaron a cabo ocho clases, con alumnos de una promoción de 5º año de primaria. Los datos se recolectaron de los registros del diario de campo. El análisis de los datos se realizó mediante análisis idiográfico, con la identificación de unidades de significado, y análisis nomotético, con la construcción de dos categorías temáticas: 1) Comprender al ser humano como ser de la naturaleza; 2) Jugar, jugar y aprender sobre el entorno donde vivimos. Orientada por la Ecomotricidad, la clase de educación física se presentó como una praxis educativa, es decir, un espacio de actividades transformadoras, conscientes y realizadas intencionalmente. Así, formamos ciudadanos ambientalmente conscientes en relación con sus movimientos y acciones en la naturaleza, así como con las consecuencias de estas acciones para ellos mismos, para la sociedad y para el medio ambiente en su conjunto.
Resumen (pt)
A ecomotricidade se mostra como uma proposta de abordagem pautada em motricidade humana, educação ambiental crítica e pedagogia dialógica, com potencial de ser utilizada nas aulas de educação física como forma de sensibilização dos alunos. A educação física escolar se apresenta como um espaço de aprendizagem e autodescoberta de nós com o ambiente, de como nos movemos neste e como se dão essas interações ser humano-ambiente. O objetivo do trabalho é identificar e compreender os processos educativos emergentes de uma intervenção nas aulas de educação física pautada na ecomotricidade, junto a estudantes de uma turma de escola pública estadual localizada no município de São Carlos, interior do estado de São Paulo, Brasil. A presente pesquisa possui caráter qualitativo, inspirado na fenomenologia. Foram realizadas oito aulas na escola, com os alunos de uma turma do 5º ano do ensino fundamental. Os dados foram coletados a partir de registros em diários de campo. A análise dos dados foi feita a partir da análise ideográfica, com a identificação das unidades de significado, e a análise nomotética, com a construção de duas categorias temáticas: 1) Compreendendo o ser humano como ente da natureza; 2) Brincando, jogando e aprendendo sobre o meio onde vivemos. Quando pautada na ecomotricidade, a aula de educação física se apresentou como práxis educativa, ou seja, espaço de atividades transformadoras, conscientes e intencionalmente realizadas. Assim, formamos cidadãos e cidadãs ambientalmente conscientes em relação ao seu movimento e suas ações na natureza bem como as consequências dessas ações para ele mesmo, para a sociedade e para o meio ambiente como um todo.
Resumen (en)
Ecomotricity is a proposed approach based on human motor skills, critical environmental education, and dialogical pedagogy, with the potential to be used in physical education classes to raise awareness among students. Physical education in schools is a space for learning and self-discovery of ourselves and the environment, how we move in it and how these human-environmental interactions occur. The objective of this study is to identify and understand the educational processes emerging from an intervention in physical education classes based on Ecomotricity, with students from a class at a public school located in the city of São Carlos, in the interior of the state of São Paulo. This research is qualitative in nature, inspired by phenomenology. Eight classes were held at the school, with students from a class in the fifth grade of elementary school. Data were collected from field diaries. Data analysis was performed using ideographic analysis, with the identification of units of meaning, and nomothetic analysis, with the construction of two thematic categories: 1) Understanding human beings as natural beings; 2) Playing, having fun, and learning about the environment in which we live. When guided by Ecomotricity, the physical education class presented itself as an educational praxis, that is, a space for transformative, conscious, and intentionally conducted activities. Thus, we form environmentally conscious citizens in relation to their movement and actions in nature, as well as the consequences of these actions for themselves, for society and for the environment.
Referencias
Bicudo, M. A. V. (1994). Sobre a fenomenologia. In M. A. V. Bicudo & V. H. C. Esposito (Orgs.), Pesquisa qualitativa em educação: Um enfoque fenomenológico (pp. 15-22). UNIMEP.
Bogdan, R., & Biklen, S. (1994). Notas de campo. In R. Bogdan & S. Biklen, Investigação qualitativa em educação: Uma introdução à teoria e aos métodos (pp. 150-175). Porto Editora.
Brasil. (2018). Base nacional comum curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
Brasil. (2017). Lei 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, 17 fev. 2017. DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v11i20.773
Brasil. (1996). Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, 23 dez. 1996, PL 1258/1988.
Brasil. (1999). Lei 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, 28 abr. 1999, PL 3792/1993.
Cotes, M. (2018). Trilha interpretativa: Uma ferramenta à sensibilização. Revista Motricidade, 14:78-84. DOI: https://doi.org/10.6063/motricidade.16242
Domingues, S. C., Kunz, E., & Araújo, L. C. G. (2011). Educação ambiental e Educação Física: Possibilidades para formação de professores. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 33(3):559-571. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-32892011000300003
Figueiredo, J. P., Teodoro, A. P. E. G., & Schwartz, G. M. (2021). Enquanto a aventura não vem: Contribuições das lives da corrente da aventura para o campo do lazer. Corpoconsciência, 25(1):137-153. DOI: https://doi.org/10.51283/rc.v25i1.11920
Freire, P. (2002). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa (25ª ed.). Paz e Terra.
Garnica, A. V. M. (1997). Algumas notas sobre pesquisa qualitativa e fenomenologia. Interface — Comunicação, Saúde, Educação, 1(1):1-10. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32831997000200008
Gonçalves Junior, L., Lemos, F. R. M., & Checchi, C. M. S. (2020). Do conformismo do lazer à radicalidade do ócio: Esperançando o bem viver. In V. P. Silva & D. S. Silva (Orgs.), Lazer, vida de qualidade e direitos sociais (pp. 17-35). InterSaberes.
Janke, N. (2012). Políticas públicas de educação ambiental (Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista).
Leão Junior, C. M., Demizu, F. S. B., & Royer, M. R. (2016). Por uma educação ambiental crítica na educação física escolar. Conexões, 14(1), 1-19. DOI: https://doi.org/10.20396/conex.v14i1.8644763
Machado, P. R. M., & Muller, C. (2011). Caminhada na natureza: Prática alternativa de Educação Física escolar para fins de educação ambiental. Revista Monografias Ambientais, 4(4):749-757. DOI: https://doi.org/10.5902/223613083951
Martins, J., Boemer, M. R., & Ferraz, C. A. (1990). A fenomenologia como alternativa metodológica para pesquisa: Algumas considerações. Revista da Escola de Enfermagem, 24(1):139-147. DOI: https://doi.org/10.1590/0080-6234199002400100139
Matos, M. C. F. G. (2009). Panorama da educação ambiental brasileira a partir do V Fórum Brasileiro de Educação Ambiental. (Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Mendes-Belmonte, M., Varotto, N. R., & Gonçalves Junior, L. (2020). Fútbol callejero e processos educativos: Saberes emergentes de experiências convergentes. Revista Pesquisa Qualitativa, 8(17):293-309. DOI: https://doi.org/10.33361/RPQ.2020.v.8.n.17.286
Nascimento, M. De M., Reis, M. L., & Turk, S. (2018). Esporte e meio ambiente: A disciplina de esporte e gestão ambiental (EGA), na formação de alunos de Educação Física, na região do sertão nordestino. Motrivivência, 30(56):232-245. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30n56p232
Negrine, A. (2010). Instrumento de coleta de informações na pesquisa qualitativa. In V. Molina Neto & A. N. S. Triviños (Orgs.), A pesquisa qualitativa na educação física: Alternativas metodológicas (3ª ed., pp. 61-99). Sulina.
Nobre, S. R. A. (2021). Exploração da natureza: Atividades interdisciplinares para professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico. (Tese de doutorado, Universidade de Lisboa).
Oliveira, A. De B., Osborne, R., Belmont, R. S., & Terra, D. V. (2019). Do lazer ao espetáculo: A etnografia do Festival de Verão de São Pedro da Aldeia. LICERE - Revista do Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 22(2):90-131. DOI: https://doi.org/10.35699/1981-3171.2019.13544
Pereira, P. R. R. (2021). Prática como componente curricular (PCC) nos cursos de licenciatura em Educação Física sob a ótica da educação ambiental. Revista Educação e Humanidades, 2(1):505-524.
Portela, A., & Farias, S. F. (2012). Educação ambiental nas aulas de Educação Física: O desafio dos esportes de aventura como agente integrador. EFDeportes - Revista Digital, 17(168):1-10.
Ribeiro, C. R. B., Saboia, V. M., Berardinell, L. M. M., Moniz, M. De A., Pereira, E. R., & Luquez, T. M. S. (2020). Saúde e ambiente nos trilhos do cuidado: Concepções e conexões. Investigação Qualitativa em Saúde: Avanços e Desafios, 3:82-92. DOI: https://doi.org/10.36367/ntqr.3.2020.82-92
Ribeiro, F. A. (2017). A importância da educação ambiental como prática de ensino no contexto da educação física escolar. In Congresso Norte Paranaense de Educação Física Escolar (8). Universidade Estadual de Londrina.
Rodrigues, C., & Gonçalves Junior, L. (2009). Ecomotricidade: Sinergia entre educação ambiental, motricidade humana e pedagogia dialógica. Motriz, 15(4):987-995.
Rodrigues, C., Zoboli, F., & Calazans, L. H. (2018). Motricidade humana como tema de produção em periódicos da educação física brasileira. MOTRICIDADES: Revista Da Sociedade De Pesquisa Qualitativa Em Motricidade Humana, 2(1):32-44. DOI: https://doi.org/10.29181/2594-6463.2018.v2.n1.p32-44
Rodrigues, L. H., & Darido, S. C. (2006). Educação física escolar e meio ambiente: Reflexões e aplicações pedagógicas. EFDeportes - Revista Digital, 100, 1-10.
Sérgio, M. (2022). Motricidade humana: O itinerário de um conceito. Motricidades: Rev. SPQMH, 6(1):15-25. DOI: https://doi.org/10.29181/2594-6463-2022-v6-n1-p15-25
Silva, R. (2019). Lazer e processos educativos no contexto de trabalhadores/as rurais do MST. (Dissertação de mestrado, Universidade Federal de São Carlos).
Tomaz, C. R., Cerqueira, D. R., & Ponciano, L. C. O. M. (2020). Desporto da floresta: Por uma orientação geopoética nas unidades de conservação. COLÉGIO PEDRO II - Revista do Departamento de Educação Física, 6(2):76-91. DOI: https://doi.org/10.33025/tefe.v6i2.3090
Varotto, N. R. (2020). A prática social da mediação no Fútbol Callejero: Processos educativos decorrentes. (Dissertação de mestrado, Universidade Federal de São Carlos).
Varotto, N. R., Gonçalves Junior, L., Lemos, F. R. M., & Moraes, F. (2018). “Fútbol Callejero” na Educação Física Escolar: Processos educativos emergentes de uma intervenção. Revista Brasileira de Iniciação Científica (RBIC), 5(5):104-120.
Cómo citar
Licencia
Derechos de autor 2025 Universidad Santo Tomás

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Avisos de derechos de autor propuestos por Creative Commons
Los autores/as conservarán sus derechos de autor y garantizarán a la revista el derecho de primera publicación de su obra, el cuál estará simultáneamente sujeto a la Licencia de reconocimiento de Creative Commons que permite a terceros compartir la obra siempre que se indique su autor y su primera publicación esta revista.
Los autores/as podrán adoptar otros acuerdos de licencia no exclusiva de distribución de la versión de la obra publicada (p. ej.: depositarla en un archivo telemático institucional o publicarla en un volumen monográfico) siempre que se indique la publicación inicial en esta revista.
Se permite y recomienda a los autores/as difundir su obra a través de Internet (p. ej.: en archivos telemáticos institucionales o en su página web) antes y durante el proceso de envío, lo cual puede producir intercambios interesantes y aumentar las citas de la obra publicada.
Análisis está bajo una licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)
La Universidad Santo Tomás conserva los derechos patrimoniales de las obras publicadas, y favorece y permite la reutilización de las mismas bajo la licencia anteriormente mencionada.